quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

O segredo do sucesso

Todo fim de ano é aquela alegria, pessoas contentes pelos feriados, festa de Reveillon, tudo trazendo a bonita esperança de um ano melhor.
Aliás, um gênio a pessoa que inventou o "Ano Novo". Este ser iluminado renovou a esperança da humanidade. Não importa o quanto o ano foi difícil ou ruim, sempre temos aquela imagem de que virá um novinho em folha para começarmos a escrever, do "zero", e essa renovação de ânimo faz, com toda certeza, que o ano seguinte seja melhor.
Não à toa, é época das promessas para o ano vindouro: "serei uma pessoa melhor", "vou comer menos", "não vou puxar as trancinhas da menina chata que senta do meu lado na escola", enfim, são inúmeras.
Se alguém me pedisse uma dica para sua evolução em 2010 eu daria o segredo do sucesso. Sim, esse ano eu descobri o segredo do sucesso. Simples assim. Não que eu já me considere uma pessoa de sucesso - estou buscando o meu -, mas já sei o caminho.
Alguns podem reclamar "como você se acha sabichão!", ou sapatear dizendo "humpft! Ele se acha!". Quem discordar, tem esse humilde espaço para esbravejar - o que eu acho difícil, e já explico o porquê.
Não tirei essa conclusão trancado em meu quarto, meditando - apesar disso ser uma ótima coisa a se fazer - ou filosofando sobre qual o segredo do sucesso. Percebi observando a maioria dos meus amigos que, hoje, estão se dando bem em suas carreiras ou outras pessoas que progrediram muito em suas vidas. Todas elas, sem exceção, possuem um ponto em comum: dão o máximo de si para fazerem bem o que lhes é confiado. Não importa o serviço que presta, se é grande ou pequeno, onde trabalha, o patrão que tem, etc. Todos que fazem bem feito o que tem que fazer no dia a dia, vão tendo cada vez mais sucesso na vida. É fato!
Já ouvi reclamações do tipo "não sou reconhecido", ou "meu chefe é um crápula!". Nessas ocasiões é comum - e aceitavelmente humano - a pessoa desanimar, passar a fazer um serviço "meia-boca", enfim, ir levando a vida, sem se esforçar, para receber seu salário no fim do mês até que ache algum emprego melhor. Triste engano.
Quando mais novo (como o tempo passa, a cada dia mais uso essa expressão...) trabalhei no McDonald´s, assim, me familiarizo sempre aos funcionários quando vou até lá. Sabem quantos atendentes me olham no olho quando eu chego, abrem um sorriso e perguntam se está tudo bem, realmente interessados em saber o que perguntam? Raros. E quando encontro essa cena, penso comigo mesmo "caramba, que carinha gente boa!".
A partir desses pensamentos me seguiam outros. É curioso eu me surpreender com um atendimento muito simpático e um sorriso amigo, quando, na verdade, isso deveria ser uma obrigação. A empresa o paga - bem ou mal, não importa - para isso.
Mesmo em casos de não se ter perspectivas futuras na empresa, um chefe que não valoriza, não ser completamente profissional é "dar um tiro nó pé". Do mesmo jeito que eu me surpreendo ao ser bem atendido no Mc, um empresário pode pensar o mesmo e fazer uma proposta de emprego. Isso em qualquer lugar.
O que falta hoje em dia - é uma raridade! - são pessoas que não importando se devem vender um produto, limpar o chão, fazer um sanduíche, qualquer coisa, procuram fazer algo muito bem feito. Pode não ser o melhor profissional, mas será o melhor profissional que pode.
Este é o segredo do sucesso: independente do quanto ganha, ou para quem trabalha, se isto lhe é confiado, faça com o maior amor e carinho possível, alguém reconhecerá. E mesmo que ninguém reconhecesse, você saberia que fez bem feito. Já é o suficiente.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Trio em Poço Redondo-SE

Há aquelas vezes em que queremos muito bater uma foto ou fazer uma filmagem e aparece a mensagem na câmera: bateria acabando. Que desespero! Conversamos com ela, pedimos, numa vã esperança de que ela nos ouça e, mais difícil, obedeça.
Em Poço das Trincheiras passei por isso novamente. Estávamos num bar, ouvindo um trio tocando um forró de primeira, quando resolvi filmar uma música que gostamos muito, do Luiz Gonzaga.
Curioso como mudam as regiões, gostos musicais, mas as atitudes das pessoas parecem as mesmas. Aqui pelo sudeste estamos muito acostumados a ouvir a brincadeira "toca Raul" numa roda de violão. Geralmente, porque muitos fãs ardorosos do cantor pediam uma música atrás da outra quando a viola chorava. Uma pena, eu adoro Raul e é triste ouvir piadas jocosas sobre um grande artista.
Me espantei ao ouvir algo semelhante, em Sergipe, em relação a uma música do Luiz Gonzaga: Samarica Parteira. Entre uma música e outra uns gritavam: "toca Samarica parteira!" e risos.
Até que uma aniversariante da noite foi até o microfone indignada e pediu aquela música, de verdade, dizendo que achava triste que as pessoas dali não davam "valor às coisas da terra".
Então, o sanfoneiro - muito bom, por sinal - disse: "Olha, alguns podem reclamar, mas se aqui, pelo menos uma pessoa gostar, eu já me dou por satisfeito essa noite!".
Nem preciso dizer que muitas pessoas adoraram, nós e muitos da própria cidade.
Segue o vídeo, até onde a bateria aguentou...

domingo, 20 de dezembro de 2009

A docência, um sonho concretizado (Sonhos, medos e realizações de uma professora do Maranhão) - por Janilde Fernandes

Tudo começou em 2002, vestibular para pedagogia, aprovação... Muitas expectativas, vontade de aprender e um certo medo de não me encontrar e não me sentir realizada.
Na faculdade pude conhecer algumas teorias, entender a evolução da educação e, em muitas aulas, haviam "discussões", pois algumas alunas já eram professoras e sempre diziam que a realidade na sala de aula era muito difícil. Quando ouvia isso confesso que aquele medo de início aumentava.
Lembro como hoje da minha primeira aula (era estágio da faculdade), passei horas e horas pensando em cada detalhe e, quando entrei na sala, aquele friozinho na barriga foi inevitável. Este foi meu primeiro contato com os alunos e naquele momento tive a certeza que aquele era o meu mundo.
Passaram-se alguns meses após a conclusão do curso de pedagogia, fiz um concurso, fui aprovada e, a partir daí, o meu sonho de ser professora se concretizava.
Como dizem, no inicio tudo são flores, e de fato foi. Cheguei cheia de sonhos, com uma vontade enorme de colocar em prática todas as teorias aprendidas, mas logo percebi as grandes dificuldades - aquelas que escutava de minhas amigas na época de faculdade, bateu-me um desespero e uma angústia.
Quantas vezes ouvi de algumas colegas (que já tinham anos de sala de aula) "não sonha tão alto, a realidade é muito dura"...
Só que sempre tive esperança e acreditava que eu podia fazer diferente. Não era justo comigo e com meus alunos aceitar essa realidade e foi com essa vontade que nunca desisti.
As dificuldades existem (salários baixos, falta de recursos, ausência da família...), é uma verdade, mas quando queremos algo verdadeiramente ele se realiza.
Se me perguntarem: vale a pena ser professora? Claro que vale. E muito! Os desafios são diários, mas a felicidade em saber que seu aluno aprendeu com você e que você também aprendeu com ele não tem preço.

Janilde é professora de Balsas, interior do Maranhão